Por Thiago Oliveira
Foi realizado no auditório do Cettal, Unisul de Tubarão, segunda-feira (29), um debate sobre a desregulamentação do diploma de Jornalismo.
Estiveram presentes na discussão mediada pelo professor Ronaldo Sant’Anna, o presidente do Sindicato dos Jornalistas de Santa Catarina, Rubens Lunge, o editor do Diário do Sul, Caetano Machado, o diretor geral da Unisul TV e professor, Ildo Silva, e o diretor de Jornalismo da Unisul TV e professor, Rafael Matos.
Para Lunge, os estudantes reclamaram da decisão do STF, mas não se mobilizaram. “Eles só arrancaram o nosso diploma porque não tivemos força para mantê-lo. Achávamos que não fariam isso. O diploma não vai voltar se não lutarmos”, afirmou.
Caetano acredita que com o fim da obrigatoriedade do diploma de Jornalismo, está-se criando um mundo sem leis, e é o voto que pode mudar isso. “Cada voto é uma arma pela democracia”, disse.
Segundo o professor Rafael Matos, muito do que aconteceu se deve ao fato de que a classe dos jornalistas é desunida, e poucos são sindicalizados. Além disso, ele citou que o repórter cobre as lutas de todas as categorias trabalhistas, mas quando é ele que deve lutar, acaba por não tomar partido. Mesmo assim, Matos afirmou que o fim do diploma não vai mudar nada para quem busca a qualificação profissional.
“Ninguém veio para a faculdade por causa do diploma. Se fosse por isso, todos estariam em algum curso mais barato. Deve-se buscar a educação, a qualificação”, defendeu.
Já o professor Ildo Silva disse que não acredita em mobilizações de âmbito regional. “Do que adianta fazer barulho aqui se ninguém lá em Brasília vai ouvir? O que deve ser feito é encher os gabinetes dos ministros de cartas e e-mails, só assim seremos levados a sério pelo que queremos”.
Ele também defendeu a especialização do jornalista na frente do diploma. “Em países como os Estados Unidos, o jornalista não precisa de diploma para exercer a profissão. Mas os melhores profissionais são aqueles que passaram pela universidade”, enfatizou.
Ao fim do debate, ficou a sugestão da criação de um selo de qualidade para defender os jornalistas diplomados. A idéia surgiu no debate que foi realizado em Criciúma.
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