terça-feira, 14 de setembro de 2010

Da Odontologia para o Jornalismo

Daiana Carvalho – 2º semestre

Natural da cidade de Lages, o graduando em Jornalismo Ioton Anselmo Pereira Neto pretendia cursar Odontologia, mas ao imaginar o dia-a-dia da profissão percebeu que o trabalho que lhe dava prazer era a comunicação, o Jornalismo.



Atualmente com 23 anos de idade, o acadêmico está cursando o 8º semestre, etapa final do curso e relata o porquê da escolha da profissão na qual está prestes a se formar. “Quando fui decidir o meu curso me imaginei no dia-a-dia de odontólogo e vi que não era aquilo que queria. Sempre fui muito comunicativo, metido na organização de eventos, falar em público... Sempre gostei disso, mas tinha na minha cabeça que isso poderia ser um hobby e não profissão”.

Segundo o futuro jornalista o que o levou a optar por Jornalismo foi a rotina diferenciada da profissão. “Quando eu parei para me imaginar na profissão, vi que era isso, gostava de comunicação, de estar com o público, em contato com as pessoas e no Jornalismo isso é possível, é a área onde a gente tem mais esse contato. A questão do conhecimento, que me fascina. É uma das poucas profissões onde tem quem saber de tudo um pouco para ser um bom profissional”.

O estudante conta que iniciou a graduação de Jornalismo em Lages, porém não gostava da estrutura do curso e para mudar de faculdade chegou a prestar vestibular para outras universidades, cogitou até a possibilidade de fazer Direito, na esperança de mudar de universidade, quando por orientação de um tio, optou por vir morar em Tubarão e tentar conseguir uma bolsa de estudo ou estágio, considerando que o custo de vida na cidade é mais baixo.

Ioton, decidido, prestou vestibular e ingressou no Curso de Comunicação Social da Unisul. No 2º semestre conseguiu estágio remunerado e no decorrer dos semestres foi trocando de áreas de atuação, buscando se qualificar e adquirir experiência nas diversas áreas do Jornalismo.

O estudante relata que no estágio na Agência Modelo de Comunicação Integrada (Agcom) foi onde deu os primeiros passos da carreira jornalística e abriu várias portas. “Trabalhei no Sistema Integrado de Comunicação (SIC), na Unisul TV. No final do ano passado fui chamado para fazer uma entrevista em Florianópolis para a Band e na segunda-feira já comecei a trabalhar. Foi uma experiência fantástica, tive o contato do dia-a-dia de uma redação, o hard news, tinha que mandar duas matérias por dia, sempre correndo contra o relógio”.

Em junho de 2009, Ioton, juntamente com duas colegas, foi premiado com o Projeto Gráfico – Notisul, no 2º Plus – Festival Universitário de Comunicação da Unisul. Em julho de 2009, participou do Projeto Rondon na cidade de Salto de Jacuí, no Rio Grande do Sul.



Para o acadêmico a experiência foi a melhor viagem de férias que ele já fez na vida. “Eu sempre gostei de trabalhos voluntários, o Projeto Rondon batia com esses meus princípios, de ajudar o próximo e a mim mesmo. A gente vai para multiplicar conhecimentos, ensinar as comunidades atendidas, mas com certeza eu aprendi muito mais do que ensinei. É uma realidade absurdamente diferente do que a gente está acostumado a ver. Foi fantástico”.

Atualmente o graduando trabalha no setor de assessoria de imprensa da Unisul, campus de Tubarão e desenvolve trabalhos como freelancer para TV. Após concluir a graduação, ele almeja trabalhar com assessoria de imprensa. “Vou optar por assessoria de imprensa, sou de Lages, a minha região não tem esse hábito, lá eles não vêem a importância desse profissional, diferente daqui do sul, onde as pessoas já estão contratando e abrindo os olhos para isso”.

Ioton acrescenta que a participação no Projeto Rondon não tem custo para o aluno e enfatiza a importância em participar. “Quem tiver oportunidade participe, porque lá acontecem situações que a gente não imagina. Eu acho que um ‘obrigado‘ de uma criança ou até mesmo de um adolescente, viciado em drogas, com 17 anos, que estava na 7ª série e ao final da oficina ele chega para a equipe e diz assim: ‘vocês mudaram a minha forma de pensar’, eu acho que isso não tem preço que pague”.

Revisão: Professor Ronaldo Sant’Anna.

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