sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Por que cursar Jornalismo?

Daiana Carvalho - 2º semestre


Prof. Ronaldo e Samira Pereira (arquivo pessoal)


Em junho deste ano foi publicada a matéria Nova Realidade no Mundo Jornalístico, sobre a não obrigatoriedade de graduação para o jornalista exercer a profissão. Decorrido aproximadamente um mês após a data, foi aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania a nova Proposta de Emenda à Constituição (PEC 386/09)para restabelecer a obrigatoriedade do diploma para o exercício do Jornalismo.

“Nossa profissão não pode ficar do jeito que está. Vivemos uma situação absurda. Hoje não há critério nenhum para ser jornalista. No Distrito Federal, para ser flanelinha é necessário um registro no Ministério do Trabalho. No caso dos jornalistas, nem isso é preciso”, destacou o presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Sérgio Murillo. Após a apresentação a proposta terá de ser aprovada pelo Plenário em dois turnos, antes de seguir para o Senado.

Para a jornalista Samira Pereira é motivo de orgulho ser integrante da primeira turma da Unisul, campus de Tubarão, a concluir a graduação dentro da nova realidade de mercado. “Mesmo com a não obrigatoriedade continuei estudando e hoje estou aqui, com o diploma nas mãos, pronta para atuar em qualquer veículo de comunicação. Mesmo que estivesse iniciando a faculdade, continuaria cursando, pois sei da importância que tem o diploma e o aprofundamento teórico e prático nas diversas áreas do jornalismo”, enfatiza a jornalista quanto à necessidade de ser uma profissional qualificada.

Segundo a estudante o que a levou a fazer o curso foi o gosto pela comunicação e a influência da irmã que já é formada na área. “Comecei a me interessar pelo curso, saber um pouco mais de cada disciplina, o que era ensinado. Depois de ter esse conhecimento a respeito da faculdade, a escolha pelo Jornalismo foi inevitável. Hoje tenho a certeza que não poderia ter tomado uma decisão mais acertada.”

Para Samira a motivação que a levou a apostar e permanecer no curso foi o fato de ela acreditar que os veículos de comunicação que têm credibilidade e fazem um Jornalismo com responsabilidade continuarão exigindo o diploma. “Só dessa maneira eu tenho certeza que estou apta para trabalhar nos mais diversos segmentos do Jornalismo. Sei que muitas coisas somente a experiência ensina. Porém, também tenho a consciência de que outras tantas nós aprendemos sentados na cadeira da faculdade, ouvindo os professores, prestando atenção em cada detalhe que nos é repassado”.

De acordo com o ponto de vista dela um jornalista sem diploma é como um médico que nunca cursou medicina, um engenheiro que não sabe fazer cálculo, um químico que não sabe que reação acontecerá após misturar diversos produtos. “Se não tivesse cursado a faculdade, não saberia a importância do lead, o porquê responder as seis perguntas básicas, que postura tomar diante de um entrevistado. Tenho certeza que ao procurar um emprego na área, um jornalista formado tem muitos mais pontos do que um que se acha jornalista, mas não é”.

Samira reforça aos que têm o interesse, gosto por Comunicação Social, para que não se desmotivem pelo fato da não obrigatoriedade do diploma. “Tenham certeza, o conhecimento que adquirimos na faculdade jamais será aprendido somente com a experiência. Estudar é preciso, é necessário. Quando entrei na faculdade, assim como muitos estudantes, sonhava em me ver à frente da bancada do Jornal Nacional, porém, depois de estudar quatro anos sei que posso trabalhar em qualquer área do Jornalismo, que estou preparada para isso”.

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