
"Se tem uma coisa que eu faço todos os dias é agradecer por todas as coisas boas e também pelas derrotas, pelos fracassos, porque esses fazem a gente amadurecer e se tornar humano, ver o mundo de outro jeito”, diz Adriane Lemes da Silva, acadêmica do 2º semestre de Jornalismo. Assim, ela encontrou forças para superar os obstáculos que já enfrentou.
Gaúcha de Lagoa Vermelha, Adriane vive em Santa Catarina desde 2003, na cidade de Braço do Norte. Aos 16 anos, viveu a experiência da maternidade e, segundo ela, o fato de repentinamente se ver sozinha e ter que ser pai e mãe ao mesmo tempo lhe ensinou a ser uma pessoa mais madura. “Vi muitos sonhos se perderem, renunciei a muitas coisas, mas foram todos esses obstáculos que me ensinaram a ter responsabilidade e a perceber que o meu filho se tornou tudo para mim, e hoje em dia eu não penso mais só em mim e sim primeiro nele”.
Segundo a futura jornalista, a escolha por morar em Santa Catarina foi devido ao fato de sua mãe precisar de cuidados especiais, como boa parte de sua família reside no estado, isso facilitaria o atendimento. Adriane já cursava Jornalismo no Rio Grande do Sul, mas teve que parar o curso. Só após sete anos voltou a estudar.
Com 25 anos, dedicada e com uma personalidade forte, Adriane se considera um pessoa humilde, é bombeira voluntária no Corpo de Bombeiro de Braço do Norte, onde cumpre uma carga horária de 36 horas semanais, e durante o horário comercial atua como caixa de um posto de combustível.
Para a estudante, apesar da rotina ser muito cansativa e agitada, o que dá força para ela perseverar é a vontade de dar uma vida, um futuro diferente para o filho. “Depois que você tem um filho, a sua vida já não é mais a sua vida, você vai ter que pensar em duas vidas, no que você vai dar para ele”.
Adriane relata que gosta de trabalhar com pessoas, pensou até em cursar Psicologia, porém optou por Jornalismo devido ao sonho que ela tem de escrever um livro falando de sua experiência de vida. “Sou nova ainda, mas já vivi muitas coisas, como gosto de escrever vejo, através do jornalismo, do livro, a oportunidade de contar, mostrar todas as coisas que vivi. O jornalista tem o papel fundamental de apurar as notícias e informar, quero fazer o meu papel, não quero ser a melhor”, complementa ela.
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